Mercado financeiro pode ser menos instável em 2021

A pandemia trouxe muitos imprevistos para o mercado financeiro, contudo é previsto um cenário menos instável para 2021 se o investimento for melhor escolhido.

Apesar da montanha russa que o mercado financeiro mundial enfrentou com a pandemia em 2020, é esperado por muitos especialistas que 2021 seja um ano menos instável e volátil – contudo, há muitas incertezas sobre o comportamento do mercado financeiro, os índices de inflação e se haverá novas ondas de COVID-19, o que consequentemente impacta nos investimentos.   

O evento mais esperado certamente será o cronograma de vacinação, pois a expectativa é que as vacinas, que já começam a ser aplicadas em alguns países da Europa, possam abrir caminho para o maior aquecimento dos comércios e indústrias, movimentando a economia. Vários setores que dependem da circulação de pessoas, como turismo e serviços, estão funcionando, mas ainda não em plena capacidade.

Emprego e auxílio emergencial também são dois fatores chaves para a retomada do consumo, e até o momento não é possível saber como serão abordados pelo Estado em 2021. Seja como for, a retração do PIB é esperada para ser menor este ano, algo em torno de 3,45% a 3,46%, frente uma retração de 4,40% do PIB em 2020.

Os especialistas também apontam para uma injeção de trilhões de dólares pelos bancos centrais em suas economias ano passado, medida que também será sentida em 2021. Somado a outros fatores, isso causou um excesso de liquidez no mercado de capitais a ponto de manter a alta na bolsa estadunidense, o que certamente terá efeitos no Brasil, causando uma alta na inflação, já que a liquidez no mercado tende a fazer os preços aumentarem.

Outro efeito foi a debandada de investidores estrangeiros do mercado brasileiro no início da pandemia, voltando apenas em novembro de 2020, o que causou um alta de 16% na Ibovespa, por exemplo. E com a produção de vacinas por muitas farmacêuticas, alguns economistas já consideram ser difícil algo que prejudique a bolsa no curto prazo. Portanto, investir o dinheiro em fundos de crédito privado, que emprestam para grandes empresas já consolidadas no mercado pode ser uma boa opção. Os títulos públicos, indexados à inflação, também são uma alternativa dentro da renda fixa que vale a pena ser considerada.

Há também ativos financeiros como o ouro. Também um ativo físico, o ouro dá garantia à reserva monetária de muitas economias no mundo, com valor e demandas perenes. Por isso é tão seguro em tempos de crise e instabilidade financeira. Os imprevistos com os mercados acionários e os títulos da dívida pública fazem do ouro uma proteção contra a desvalorização que outros ativos possam sofrer.  E depois do ouro, existe a prata. Apesar de custar em torno de US$ 27 a onça-troy, seu valor ainda é bem inferior aos quase US$ 2 mil do ouro. Apesar de mais volátil, com o uso industrial da prata, principalmente na área de tecnologia, o mercado do metal tem experimentado uma demanda cada vez maior, e daí o crescente interesse por ele.

Também não é possível esquecer das criptomoedas como um investimento interessante. Boa parte delas obtive um rendimento acima da maioria das ações de empresas do mercado financeiro, em 2020. Iniciaram com uma capitalização de mercado de US$ 191 milhões (R$ 967 milhões naquele ano, e chegaram a superar os US$ 551 milhões (R$ 2,79 bilhões) em dezembro. Com a fraqueza do dólar norte-americano, a bitcoin, a mais valiosa das moedas digitais, se beneficiou bastante a ponto de se valorizar em 153% durante 2020, batendo um recorde histórico e se tornando, na opinião de muitos investidores, um recurso bem atrativo.

Todas a criptomoedas podem ser cambiáveis em plataformas como a Binance, considerada atualmente a maior e mais forte exchange do tipo no mundo. Além do bitcoin é possível cambiar outras criptomoedas populares como Monero, Ethereum, Litecoin, EOS e Ripple, entre uma centena de tantas outras. Na Binance, o usuário iniciante, intermediário e o trader profissional encontram diversos serviços para negociação de acordo com o que precisam.